Por serem a forma de iluminação mais usual em todo o mundo romano, as Lucernas eram fabricadas em séries industriais pelo recurso a vários fornos que contavam com uma forte rede de distribuição por todo o império, dispondo de postos de venda diversificados, desde os mercados das cidades, as lojas dos fóruns ou as vendas ambulantes.
Eram usualmente feitas de argila. A parte de cima da Lucerna, chamada de disco, podia ou não ser decorada e apresentava um orifício para o azeite, para fazer arder uma mecha que podia ser de miolo de junco ou fibras de papiro e linho enroladas. Podiam ser transportadas pela asa ou em suportes de metal.
Os motivos decorativos abarcavam todos os aspectos do quotidiano romano, desde a mitologia às divindades, a cenas do dia‐a‐dia, aos motivos eróticos, a cenas militares, às lutas de gladiadores, aos animais, elementos vegetais ou actores de teatro e dançarinos.
As Lucernas com cenas eróticas serviriam de amuletos, uma vez que segundo os romanos protegiam‐nos dos maus olhares e dos males que poderiam causar atraindo a fortuna e a prosperidade.
Hélios - Deus Sol
O deus Sol foi venerado por todas as civilizações antigas. Numa época bastante remota, estendeu-se pela Grécia o culto a Hélios, divindade que tinha como função iluminar os deuses e os homens, fazendo brotar as plantas e amadurecer os frutos. O culto a Hélios ter-se-ia originado na Ásia, com paralelos similares a Samas, divindade solar da Mesopotâmia.
No mito de Hélios encontramos o deus a percorrer o céu sobre um carro de ouro, fabricado pelo artesão dos deuses e senhor do fogo, Hefestos (Vulcano). Hélios traz o seu carro atrelado a quatro velozes cavalos brancos, que soltam fogo pelas narinas. Os nomes dos cavalos do Sol sofrem alterações de acordo com as várias versões da sua lenda, sendo os mais tradicionais Eôo (oriental), Éton (cor de fogo), Pírois (eu queimo) e Flégon (eu brilho). Noutras versões, há os cavalos Etíope e Lampo (resplandecente).
Conduzindo o seu carro de ouro, Hélios percorre uma longa viagem pelo mundo, partindo de um pântano formado pelo Oceano, no longínquo país da Etiópia, no Oriente. Hélios cavalga o céu envolto em um leve manto, trazendo um reluzente capacete. Percorre o azul celeste em uma corrida veloz, trazendo luz e calor para todas as partes do universo. Ao meio-dia Hélios alcança o ponto mais alto da sua trajectória, então o carro começa a descer na direcção do Ocidente. Ao chegar no país das ninfas Hespérides, submerge no Oceano, onde os cavalos se banham, indo descansar na ilha dos Bem-Aventurados. Hélios reúne-se a sua família, que o espera em um barco, no qual navega toda a noite, até atingir no dia seguinte, o ponto de partida e recomeçar o vôo pelo céu.
Hélios tem a sua residência na ilha de Ea, é dono de sete rebanhos de bois e sete rebanhos de ovelhas, que segundo Aristóteles, os animais representam os 350 dias e as 350 noites do antigo calendário solar. Hélio é o deus que tudo vê, que tudo sabe, descobrindo delitos e punindo os culpados, exercendo assim, o controle ético sobre os homens.
Das lendas que envolveram o mito de Hélios, a mais famosa é a do seu filho Faetonte. Para provar a Épafo que era filho do Sol, Faetonte consegue convencer o pai a deixá-lo dirigir os quatro cavalos pelo céu. Preso a uma promessa, Hélios permite que o filho o faça. Cavalgando os céus, Faetonte perde o controlo sobre os cavalos, que começam a galopar sem direcção, bem próximos da terra, queimando-a e tirando a respiração dos homens. Perdidos pelos céus, os cavalos passam pela Etiópia, aproximam-se tanto dos homens que se lhe mudam a cor, passando de brancos a negros. Faetonte continua perdido pelo céu, causando grandes estragos à humanidade. Ao ver a imprudência do filho do Sol, Zeus (Júpiter), o senhor dos deuses, fulmina Faetonte com um raio, o jovem cai morto nas águas do rio Erídano. A Hélios só resta prantear o filho.
Na Grécia, o local principal do culto a Hélios era na ilha de Rodes, onde todos os anos eram celebradas as festas Helíacas, que traziam jogos, certames musicais, culminando no sacrifício de quatro cavalos atirados ao mar. Em 291 a.C. o escultor Cares fez a imagem mais popular do deus, a estátua que ficou conhecida como o Colosso de Rodes, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Com o tempo (a partir do século V a.C.), o culto a Hélios começou a declinar por toda a Grécia, sendo substituído por Apolo, o deus solar e da luz, que passou a ser identificado ao Sol, assumindo as suas principais características.
As Lucernas com cenas eróticas serviriam de amuletos, uma vez que segundo os romanos protegiam‐nos dos maus olhares e dos males que poderiam causar atraindo a fortuna e a prosperidade.
No mito de Hélios encontramos o deus a percorrer o céu sobre um carro de ouro, fabricado pelo artesão dos deuses e senhor do fogo, Hefestos (Vulcano). Hélios traz o seu carro atrelado a quatro velozes cavalos brancos, que soltam fogo pelas narinas. Os nomes dos cavalos do Sol sofrem alterações de acordo com as várias versões da sua lenda, sendo os mais tradicionais Eôo (oriental), Éton (cor de fogo), Pírois (eu queimo) e Flégon (eu brilho). Noutras versões, há os cavalos Etíope e Lampo (resplandecente).
Conduzindo o seu carro de ouro, Hélios percorre uma longa viagem pelo mundo, partindo de um pântano formado pelo Oceano, no longínquo país da Etiópia, no Oriente. Hélios cavalga o céu envolto em um leve manto, trazendo um reluzente capacete. Percorre o azul celeste em uma corrida veloz, trazendo luz e calor para todas as partes do universo. Ao meio-dia Hélios alcança o ponto mais alto da sua trajectória, então o carro começa a descer na direcção do Ocidente. Ao chegar no país das ninfas Hespérides, submerge no Oceano, onde os cavalos se banham, indo descansar na ilha dos Bem-Aventurados. Hélios reúne-se a sua família, que o espera em um barco, no qual navega toda a noite, até atingir no dia seguinte, o ponto de partida e recomeçar o vôo pelo céu.
Hélios tem a sua residência na ilha de Ea, é dono de sete rebanhos de bois e sete rebanhos de ovelhas, que segundo Aristóteles, os animais representam os 350 dias e as 350 noites do antigo calendário solar. Hélio é o deus que tudo vê, que tudo sabe, descobrindo delitos e punindo os culpados, exercendo assim, o controle ético sobre os homens.
Das lendas que envolveram o mito de Hélios, a mais famosa é a do seu filho Faetonte. Para provar a Épafo que era filho do Sol, Faetonte consegue convencer o pai a deixá-lo dirigir os quatro cavalos pelo céu. Preso a uma promessa, Hélios permite que o filho o faça. Cavalgando os céus, Faetonte perde o controlo sobre os cavalos, que começam a galopar sem direcção, bem próximos da terra, queimando-a e tirando a respiração dos homens. Perdidos pelos céus, os cavalos passam pela Etiópia, aproximam-se tanto dos homens que se lhe mudam a cor, passando de brancos a negros. Faetonte continua perdido pelo céu, causando grandes estragos à humanidade. Ao ver a imprudência do filho do Sol, Zeus (Júpiter), o senhor dos deuses, fulmina Faetonte com um raio, o jovem cai morto nas águas do rio Erídano. A Hélios só resta prantear o filho.
Na Grécia, o local principal do culto a Hélios era na ilha de Rodes, onde todos os anos eram celebradas as festas Helíacas, que traziam jogos, certames musicais, culminando no sacrifício de quatro cavalos atirados ao mar. Em 291 a.C. o escultor Cares fez a imagem mais popular do deus, a estátua que ficou conhecida como o Colosso de Rodes, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Com o tempo (a partir do século V a.C.), o culto a Hélios começou a declinar por toda a Grécia, sendo substituído por Apolo, o deus solar e da luz, que passou a ser identificado ao Sol, assumindo as suas principais características.
Os Doze Trabalhos de Hércules
Uma das figuras mais ricas da mitologia grega. Hércules, filho de Zeus com a rainha Alcmena, que por sua vez era casada com Anfitrião, rei de Tebas.
Quando Hércules nasceu, Hera a esposa de Zeus, enciumada, mandou para destruí-lo duas enormes serpentes. A criança agarrou uma em cada mão e as estrangulou.
No palácio onde foi criado, teve uma educação aprimorada. Quando jovem, foi guardar rebanhos e teve a oportunidade de matar o leão que amedrontava os pastores do local. Quando voltava da caçada lutou contra inimigos de Tebas. Casou-se com Mégara, que lhe deu vários filhos.
Entretanto, acometido por um ataque de loucura provocado por Hera, matou a esposa e todos os seus filhos. Voltando a si, pediu ao deus Apolo instruções para purificar-se de seu crime. Apolo ordenou-lhe então que se dirigisse a Tirinto, colocando-se sob os serviços do rei Euristeu durante doze anos.
Os Doze Trabalhos
1º - Matou o leão da Neméia, de couro tão duro que o ferro não podia penetra-lo. Hércules deu-lhe um poderoso golpe, deixou-o tonto e em seguida sufocou-o com suas mãos. Mais tarde fez um manto com a pele desse leão para protegê-lo em luta.
2º - Matou a hidra de Lerna, um dragão com corpo de réptil e nove cabeças, que vivia nos pântanos junto à entrada dos infernos. Seu sopro envenenado queimava e devastava os campos. O monstro ainda devorava rebanhos. Nessa luta contou com a ajuda do sobrinho, Iolau. Quando Hércules cortava as cabeças de hidra, onde havia uma, renasciam duas. Iolau pôs fogo a uma floresta vizinha, e com o fogo ia destruindo as cabeças que renasciam, impedindo-as de se desenvolverem. Antes de ir embora, Hércules embebeu suas flechas no sangue venenoso do monstro, tornando-as, assim muito perigosas e mortais.
3º - Hércules devia levar a Euristeu, viva, a corça do Monte Cerineu, de chifres de ouro e pés de bronze, que corria muito e era consagrada a Artemis. A caçada durou um ano, até que Hercules conseguiu agarra-la pelos chifres e entrega-la a Euristeu.
4º - Capturou vivo o javali de Eurimanto, animal terrível que espalhava a destruição em toda a Arcádia.
5º - Abateu com suas flechas envenenadas aves monstruosas que viviam no lago Estínfalo, alimentavam-se de carne humana e usavam suas penas como dardos para atacar os caminhantes.
6º - Capturou vivo o touro do rei Minos de Creta, que devastava a região, e entregou-o a Euristeu.
7º - Limpou os estábulos do rei da Élida, Áugeas. As estrebarias estavam fechadas há mais de trinta anos e lá havia cerca de três mil bois, sem que jamais tivessem sido limpas. Hércules desviou o curso dos rios Alfeu e Peneu em direção às estrebarias e, dentro de poucas horas, os estábulos estavam livres do estrume acumulado.
8º - Diomedes, rei de um povo selvagem, possuía éguas que vomitavam fogo e que o rei alimentava com a carne dos estrangeiros que porventura passassem pela região. Hércules entregou Diomedes às éguas carnívoras e presenteou-as vivas a Euristeu.
9º - Lutou conta as amazonas, um povo de mulheres que se uniam uma vez por ano com os homens, e dos filhos que nasciam, se fossem homens, davam-nos aos pais ou matavam-nos e ficavam com as mulheres. Hércules foi encarregado por Euristeu de buscar o cinturão de Hipólita, rainha das amazonas. Euristeu queria da-lo à sua filha Admete. Quando Hércules chegou ao país das amazonas com seus companheiros, foi bem recebido por Hipólita, mas Hera, mais uma vez, colocou as amazonas contra o herói. Depois de muita luta obteve o cinturão e entregou-o à filha de Euristeu.
10º- Gerião era um gigante de três cabeças que vivia na ilha de Erícia. Sua riqueza consistia num belo rebanho de bois vermelhos, guardado por um gigantesco boiadeiro, Eurícion, e por um cão de três cabeças, Ortos. Hércules foi encarregado de roubar esse rebanho e entrega-lo a Euristeu. Teve de passar por muitos perigos e aventuras, matou o cão, o boiadeiro e Gerião para obter o rebanho e entrega-lo a Euristeu.
11º- Hércules foi em seguida encarregado de colher e levar para Micenas as maçãs de ouro do jardim das Hespérides. As Hespérides eram deusas encarregadas de vigiar, com o auxílio de um dragão, as maçãs de ouro, presente feito por Géia a Hera quando esta casou-se com Zeus. Entretanto não sabia onde ficava esse jardim. Depois de obter a informação de Nereu, um deus do mar, dirigiu-se ao país das Hespérides. Lá chegando, encontrou o gigante Atlas, que suportava em suas costas a abóbada celeste. Atlas comprometeu-se a pegar as maçãs de ouro desde que Hércules ficasse segurando a abóbada celeste. Atlas na verdade queria livrar-se do fardo, passando-o para Hércules. Percebendo a artimanha, Hércules pediu a Atlas que segurasse um pouco a abóboda celeste para que pudesse colocar uma almofada nos ombros para poder suportar tamanho peso. O gigante concordou. Tão logo se viu livre do fardo, Hércules tomou as maçãs e deixou o gigante Atlas reclamando da trapaça.
12º- Por fim Euristeu encarregou-o de trazer dos infernos o cão Cérbero, com três cabeças e cauda de serpente, que guardava a entrada do inferno. Com a ajuda de Hermes, Hércules conseguiu chegar ao inferno e fez a Hades seu pedido. Hades concedeu-lhe o desejado com a condição de que lutasse com o cão de mãos limpas. Hércules aceitou o desafio e, depois de muita luta, quase conseguiu sufocar o cão, e levou-o à presença de Euristeu. Este, aterrorizado com o monstro, mandou Hércules devolve-lo a Hades.
Depois desses trabalhos, Hércules percorreu o mundo realizando novas façanhas, casou-se com Dejanira que por ciúme do esposo, matou-o com uma túnica embebida em sangue envenenado. Como era filho de Zeus, e em reconhecimento às suas lutas, foi para o Olimpo. Lá reconciliou-se com Hera, que o adotou como filho, e casou-se com Hebe, a deusa da eterna juventude.
Mesmo sendo cruel e rude, Marte se apaixonou por Vênus, a deusa do amor. A deusa manteve relações extraconjugais com ele, pois já era casada com Vulcano. Do amor entre Marte e Vênus, nasceu Cupido.
Ares / Marte - Deus da Guerra
Marte era o deus romano, filho de Júpiter e Juno, equivalente a Ares na mitologia grega. Em contraste com sua irmã Minerva, que representava a guerra justa e diplomática, ele era o deus da guerra sangrenta, por isso tinha como características, a agressividade e a violência. Devido a sua rixa com Minerva, os dois irmãos acabaram se opondo na Guerra de Tróia. Enquanto Minerva protegia os gregos, Marte ajudava os troianos, que posteriormente perderam a guerra para os gregos e Minerva.
Mesmo sendo cruel e rude, Marte se apaixonou por Vênus, a deusa do amor. A deusa manteve relações extraconjugais com ele, pois já era casada com Vulcano. Do amor entre Marte e Vênus, nasceu Cupido.
Lucerna com motivos eróticos
As Lucernas com cenas eróticas serviriam de amuletos, uma vez que segundo os romanos protegiam‐nos dos maus olhares e dos males que poderiam causar atraindo a fortuna e a prosperidade.